domingo, 11 de maio de 2014

Bichinho de chuva

O frio que envolve a asa
A asa que rodeia a casa
A casa que protege o frio
O bater que não esconde o vazio

O vazio de estar sozinho
Em meio a multidão
A multidão que lhe faz sozinho
Em meio a imensidão

Na imensidão que me faz voar
Das mentiras que lhe cabe contar

A asa que encosta a água
A água que me faz afogar

Sem calma na alma
Com tormento eterno
De dizer a todos o que penso
De dizer a todos "do tormento"

Tormento da estupidez.

E uma ultima vez
Bato as minhas asas.

                - Fabricio Lopes -