quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

O "Por que" dos infernos!

Goste o resto ou não, o resto é só o resto.
Então, mais que entretanto e porém

Não vejo o porque, de tantos alguns
De poucos, nenhuns
Ou até mesmo outros,
Estarem por aqui
A falar "verdades" que os convém.

Ora, veja bem,
De que adianta isso tudo
Se aqui, na minha frente,
No meu mundo,
É tudo simples e rápido, e apenas o que me importa
É o "por que?"
Por que diabos?

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Num sábado de manhã

Ai, como é que tudo isso
Feito assim, de tal maneira
Fez-se bem a vida inteira
E ninguém se perguntou?

Ai, se é essa a verdade
Que então me enganou,
Por que de tanta enganação
Se no fim é tudo passageiro?

Aí, se a vida fosse longa,
Se os dias fossem curtos
E o sol se pusesse de manhã.

Ai, que dor que seria
Acordar todo dia
Sem ter que levantar,
E o tempo, estando assim,
Há de passar
Sem ao menos refutar
O que a dor tem de melhor.

E os dias... Ai, os dias,
Tão cheios de solidão
E mesmo assim, felizes
Por si só, então,
E mais uma vez
Largado no véu de escuridão
Fez-se noite onde havia luz
E mais uma vez,
Pregados na cruz
Temos que viver
Até que então
Um belo dia
Seja tudo
Em
Vão.

Haikai

Pra cada pescador
Um peixe no mar
Morreu de amor

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Sem sal

Me acostumei a falar de coisas ruins
E as boas não me rendem mais
Me acostumei a achar que tudo vai piorar
E mesmo feliz, me esforço pra lembrar

Lembrar do que não preciso
Do que me persegue.
Resolver as coisas do modo antigo
Tentando ser feliz, estando em perigo

Eu me acostumei com coisas ruins
E me falta um pouco disso
A vida tranquila e sem confusões
Me faz mais ocioso que o normal

Mais audacioso então
Seria se eu deixasse as coisas
Como estão

Tudo quieto
Sem sal.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

O bom do silêncio

Calado e ciente
Se fez de coitado
Por ser paciente
Com o pobre
Desinformado

Que cada ciência
Caíba no bolso
Na mente
Ou no pescoço

Mas apenas o bom senso
De se calar
Seja suficiente
Para a paz
Continuar

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Sobre a paz e a solidão

É tão errado
A paz e o silêncio
Serem tão amigos
Da solidão

É tão errado
Estar só
Em um mundo
Tão lotado

É tão errado tudo isso,
As lágrimas que percorrem
Os cantos do quarto
Os cantos marcados
Das músicas de amor.

Se amamos até o fim da vida
É a dor, de fato, infinita?

É tão errado aceitar,
E é apenas aceitar as coisas como elas são
Que ajuda a melhorar.

Conformismo, algo tão errado
Por que nos conformar com o erro?
Por que viver assim, coeso com a solidão?

São muitas questões, e nada disso melhora
Do contrário, piora
E escrever não ajuda.

Solidão só serve pra se jogar fora
E esperar alguém recolher