segunda-feira, 24 de setembro de 2012

" Parei de fumar "

Parei de fumar porque gosto
Agora eu fumo porque preciso
Olho no espelho com desgosto
Acendo um cigarro e dou um sorriso

Pra cada sentimento, um nome
Que a cada tragada, some
Enfraquece o corpo, me deixa doente
Alivia a minha alma, relaxa a mente

O cheiro não me agrada
Mas me acalma
E todo o resto é trovoada

Paz é quando esquecemos de tudo
Mas a espada costuma ser maior que meu escudo
E metade da carteira já provou da chama

É tudo tão normal

Eu sei que não é por mal
E sei que é besteira minha
Mas porque deixar essas entrelinhas?
Tudo bem, eu sei que não é por mal

Você omitiu por medo, medo de mim
Você deveria saber que eu descobriria
Que eu iria atrás, que eu vasculharia
Mas tudo bem, não vai dar em nada, no fim.

Eu sei que não é por mal
É sem querer que você faz tudo isso
Relaxe, nada nunca é por mal

Eu entendo o seu lado, meu bem
Eu já estive desse aí também
Te peço apenas que assuma o compromisso.

Cafel

É tudo tão chato aqui e o tempo não passa
Os olhos pesam, e as coisas perderam a graça
A inquietude que permanece e me deixa irritado
De manhã cedo e esse tédio, demasiado

Aborrecido e um tanto ignorante
Não digo nada a ninguém de imediato
Pego o café escutando o som da Tv, irritante
O gosto do café amargo, me deixa mais frio e chato

Que diabos de dia insuportável
Muita gente falando ao mesmo tempo
Sobre um assunto que nem sequer é considerável

Eu deveria voltar a dormir
Já que de manhã é tudo contratempo
E tudo que eu quero é apenas abstrair 

Canto Vão

Cansado dessa rotina, as vezes me desespero
Me engano à noite, quando deito, minto.
Minto tão repetidamente que nem sequer, sinto
Não consigo fazer mais nada, então apenas espero.

Conformado e acomodado me torno tudo o que mais odeio
Procurando uma desculpa, muda de assunto, faz arrodeio
Vergonha e dor, sabe o que se passa mas não sabe falar
Fala tudo errado e depois deixa passar

Enterrado na própria desgraça
Comum, ignorado e doente
Olhos apagados,que só tem rancor

Prisioneiro desse mundinho decadente
Que comemora a derrota com vinho servido na taça
E tamanha é a repulsa de ver tanto horror

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Saudade

Brincava, sorria e desfrutava
Acendia um cigarro, doava piadas
Jogava seu jogo, fazia magicas
Nunca revelou o segredo, e a saudade apertava

Hoje dói ter feito birra
Hoje a saudade aperta de novo
Ser jovem demais sempre foi um estorvo
Dentro do que eu conheço, só me sobra ira

Seu sorriso eu ainda lembro
Lembro dos personagens que eu atuava
E hoje choro às vezes, por não ter seu ombro

Eu ainda tenho saudades
E já te procurei olhando pra cima, mesmo sem uma deidade
Eu odeio tudo isso, mas eu já odiava.

Quem te viu, Quem tevê

Essa sua cara séria
Falando sempre de coisas importantes
Já virou até mania
Você ainda ri daquelas piadas? Dos comediantes? 

Desliga essas coisas, desliga essas vidas 
Você só se perde pra ganhar
Mas já foi vencida 
Deixou de viver pra, falar 

Presta atenção, não é besteira
Eu cuido de você
Não se joga a vida fora, por uma carreira

Pensa em outra coisa, segura outra coisa
Não fique a mercê
Não viva em prol de tal guisa

Caixinha

Hoje a gente nem se vê
Quem te viu, nem sabe o que foi
Só sabe que não é mais você
Não dá nem bom dia, só fala fria, um frio " oi. "

Hoje a gente nem se vê
Amanhã eu vou me mudar, mas você nem sabe
Ninguém nunca sabe o porquê
As vezes um sentimento é demasiado grande, e não cabe

Não em todo mundo
Ia ser bom amar todos, quiçá por um segundo
Mas não cabe

Hoje, eu não quero te ver.
Não quero saber.
Não quero que isso tudo desabe

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Foi numa terça-feira à noite

Para um pouco pra pensar
Faz o que é bom pra você
Ou deixa esse desejo dominar?
Levanta, olha as horas, desliga a tevê

E já não está tudo por igual?
O que diabos lhe atormenta?
O que diabos você quer, afinal?
Não grites, sente aí! Respira e te sustenta.

Será que eles voltam?
Eu quero que eles voltem?
Eu só queria ser ninguém

A cachaça acabou...
Olha pela janela, o que as pessoas esperam?
O trânsito parou.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Encetativos & Sinônimos

Ameno, e sem um porquê
Maior do que eu
Olho pra cima sem querer
Raiou o dia pra varrer

Mas de vez em quando
Aquela dor que vem
Rói tudo, chorando
Ia do jeito que convém
Aí lembro do porém

De manhã, de tarde e todo o dia

Seis e meia, já de pé.
Se prepara pro que já conhece
Repete tudo, já perdeu a fé
Deixa tudo passar, finge que não conhece

Não se importa
Fecha a porta
Dá bom dia
Sem alegria

Dita a tabuada como mestre que é
Não liga se tu aprendeu
Apenas repete o seu sermão

Senta aí, bebe o teu café
Foi tudo isso que te ofendeu?
Não chore não.

Sozinho

Nada agrada, nada alegra
Nada sinto, nada.
Um sorriso de fachada
Ou um desses que revigora?

Que diabos tem la fora?
O que é que eu posso e não posso?
Entre tantos partidos, um fosso.
E as vezes a gente cansa de fazer metáfora

Fala sozinho, só pra desabafar
Fala o que tu queres
Fala até faltar o ar

Diz pra eles sem eles verem
Conta todos os seus saberes
E escute as respostas se contradizerem

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Só mais um pouquinho

A prisão que a mente não sente
O corpo que fica parado
Tudo é cantado dentro da mente
Que me deixa enfeitiçado
No meio das fumaças de um cigarro
Estasiado por esse peso carregado
Parado em movimento dentro de um carro
Jogado fora todo o sangue que foi derramado
Por nada mais nada menos, que um pequeno punhado
Um punhado de palavras que flertam a mente
Que de vez em quando, nem sequer é coerente
Mas me deixam feliz por poucos minutos
Esses minutos que eu queria apenas ter
E infinitamente, estender.

Me acha em tudo que olha

Espera o tempo todo, sem se preocupar com o tempo 
Nem tanto com a saudade, pois sabe que é passageiro
Quando é tudo triste, faz-se alegre bem ligeiro
De forma a qual, seja tudo lindo e limpo

Suave como tal sorriso que lhe preenche o rosto
Da forma como observa-me atenta, sem dizer nada
Das datas marcadas de encontros, em agosto
Talvez pense que tenhamos que esperar a próxima outonada

Eu nunca vou saber exatamente como é sua cabeça
Mas me ofereço pra tentar durante o resto da vida 
E não me renderei a nada que me impeça

E você com olhos pequenos 
Me olhar meio curiosa, mordida
Acho que só quer tempos mais amenos 

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Fôlego que me dá

Faço o que o me convém fingindo não saber
Que tudo o que tem lá fora é um pouco do que eu preciso
Já que aqui dentro, é tudo tão narciso
Que eu trago comigo o tempo inteiro, guardado no peito
Do poeta que fala bobagens mas não teme em dizer
Que o tempo todo, só pensa em você.

E quanto tempo esperar pra poder-lhe então ditar,de tal forma
Uma simples frase que serve como norma
Que diz suave no vento
E que sempre me traz alento
Que basta então, saber te amar

Mas hão de aprender que tudo é com calma
E aprendem o tempo todo com saudade da alma
Que falta todo dia, sumindo com a alegria
Que repõe no final, pois sinto sua companhia
Mesmo longe daqui, e talvez, mesmo sem notar
De tudo que é, e que há, não só por assim ser
Mas por poder te dizer que tudo o que quero
É apenas estar.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Acordar cedo é


Acordar cedo é complicado em dias de feriado
Na segunda-feira, todo mundo cansado
Na terça todo mundo chateado
E na sexta , feliz, que amanhã já é sábado

sábado, 1 de setembro de 2012

Primeiros pensamentos

Melhor não olhar, deixar passar todo o momento
Melhor esquecer o que viveu, e seguir em frente
Sem esquecer as raízes e os pensamentos
Por tudo que se passou, nada o derrubaria novamente
E que o fizessem cair, levantaria sedento

Esperando o que viesse a diante
Olhando de cabeça erguida, vibrante
Com ares de navegante perdido, mas que sabe o que quer
Sem sequer pestanejar, a primeira palavra que sempre lhe vem, é...
O nome da tal mulher.