O frio que envolve a asa
A asa que rodeia a casa
A casa que protege o frio
O bater que não esconde o vazio
O vazio de estar sozinho
Em meio a multidão
A multidão que lhe faz sozinho
Em meio a imensidão
Na imensidão que me faz voar
Das mentiras que lhe cabe contar
A asa que encosta a água
A água que me faz afogar
Sem calma na alma
Com tormento eterno
De dizer a todos o que penso
De dizer a todos "do tormento"
Tormento da estupidez.
E uma ultima vez
Bato as minhas asas.
- Fabricio Lopes -
O jovem, velho
As vezes as coisas ruins fazem bem
domingo, 11 de maio de 2014
sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
Sunshine
Um sol inteiro apodrecido
Por casualidades do destino.
Um céu desabando aos poucos
Para o mais sensitivo dos loucos.
Tudo nublado pela manhã,
Fúnebre cenário de vida,
Uma espada de esgrima
Sem um D'Artagnan
Um mergulho num mar de cama
Pra nunca acabar
A eterna glória de sonhar
A honra de ser Vasco da Gama
E ainda fechado o céu,
Minhas cobertas me protegem
Dos ventos e tornados que me seguem,
Chamai-me Ismael.
Ismael de terra firme, agora
Que não quer mais ver o mundo.
Guardar-me-ei em metáfora
Pra fugir de tal leito nauseabundo
Toda uma vida jogada fora
De um porto sem cais.
Malditos corvos, agora
E nunca mais.
─ Matheus M.
Por casualidades do destino.
Um céu desabando aos poucos
Para o mais sensitivo dos loucos.
Tudo nublado pela manhã,
Fúnebre cenário de vida,
Uma espada de esgrima
Sem um D'Artagnan
Um mergulho num mar de cama
Pra nunca acabar
A eterna glória de sonhar
A honra de ser Vasco da Gama
E ainda fechado o céu,
Minhas cobertas me protegem
Dos ventos e tornados que me seguem,
Chamai-me Ismael.
Ismael de terra firme, agora
Que não quer mais ver o mundo.
Guardar-me-ei em metáfora
Pra fugir de tal leito nauseabundo
Toda uma vida jogada fora
De um porto sem cais.
Malditos corvos, agora
E nunca mais.
─ Matheus M.
quarta-feira, 25 de dezembro de 2013
O primeiro amor do mundo
Fechava o tempo nos céus,
Um mundo de trovoadas,
Na vida o ódio, o fel,
Os anjos, e a morte calada.
Vidas passadas diante dos olhos
Humanos, tremendo de puro cansaço
Os dias gastos, a dor, o aço.
Uma confusão nas ruas, trambolhos;
Quem conseguiria ser feliz num mundo de mentiras?
[...] Tínhamos eu e ela, uma ilusão adequada
Pintada em aquarela
Da forma mais delicada
Tínhamos o que podíamos
E fazíamos o que queríamos
"Nada de mentiras, meu bem, nada de mentiras."
Os anjos observavam tudo de lá de cima
O mais bonito deles, com seus olhos, subestima.
"De onde tal amor poderia surgir?
Impossível tal semblante pacífico, em um mundo caótico, existir."
Cá estávamos nós
Num quarto escuro, a sós.
O anjo, emulado e cheio de dúvidas, profanou com sua doce voz:
De onde, escória do mundo, vieste tal glória?
Onde encontraram em meio a tanta desordem
Uma tão doce e efêmera poesia?
Em meio a tal tirania,narcísico,
Do céu o primeiro caía
Com asas abrangentes
Já queimando em enxofre
O primeiro dos anjos,
Oh céus, mas que motivo.
O amor que era divino
Matou a mais bela face do universo.
Nem mil poetas descreveriam tal dor,
Nem com cem mil versos de amor.
Os outros observaram e no céu se pôde ver
O primeiro amor do mundo
Que fez o mais belo anjo,
De inveja, morrer.
─ Matheus M.
Um mundo de trovoadas,
Na vida o ódio, o fel,
Os anjos, e a morte calada.
Vidas passadas diante dos olhos
Humanos, tremendo de puro cansaço
Os dias gastos, a dor, o aço.
Uma confusão nas ruas, trambolhos;
Quem conseguiria ser feliz num mundo de mentiras?
[...] Tínhamos eu e ela, uma ilusão adequada
Pintada em aquarela
Da forma mais delicada
Tínhamos o que podíamos
E fazíamos o que queríamos
"Nada de mentiras, meu bem, nada de mentiras."
Os anjos observavam tudo de lá de cima
O mais bonito deles, com seus olhos, subestima.
"De onde tal amor poderia surgir?
Impossível tal semblante pacífico, em um mundo caótico, existir."
Cá estávamos nós
Num quarto escuro, a sós.
O anjo, emulado e cheio de dúvidas, profanou com sua doce voz:
De onde, escória do mundo, vieste tal glória?
Onde encontraram em meio a tanta desordem
Uma tão doce e efêmera poesia?
Em meio a tal tirania,narcísico,
Do céu o primeiro caía
Com asas abrangentes
Já queimando em enxofre
O primeiro dos anjos,
Oh céus, mas que motivo.
O amor que era divino
Matou a mais bela face do universo.
Nem mil poetas descreveriam tal dor,
Nem com cem mil versos de amor.
Os outros observaram e no céu se pôde ver
O primeiro amor do mundo
Que fez o mais belo anjo,
De inveja, morrer.
─ Matheus M.
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
A noite
Sussurram as estrelas
Sussurros á noite
Sussurram besteiras
Sussurram caladas
Umas com as outras
Sussurram paradas
Na imensidão
Sussurram histórias
À muito contadas
Sussurros singelos
Na noite abobada
Sussurram sorrisos
Sussurram amor
Sussurram atritos
Mas nunca rancor
Sussurram beleza
Na imensidão
Que nos cerca
Sussurram tristeza
Na solidão
Que lhes aperta
Sussurros a noite
Sussurram as estrelas
- Fabricio Lopes -
Sussurros á noite
Sussurram besteiras
Sussurram caladas
Umas com as outras
Sussurram paradas
Na imensidão
Sussurram histórias
À muito contadas
Sussurros singelos
Na noite abobada
Sussurram sorrisos
Sussurram amor
Sussurram atritos
Mas nunca rancor
Sussurram beleza
Na imensidão
Que nos cerca
Sussurram tristeza
Na solidão
Que lhes aperta
Sussurros a noite
Sussurram as estrelas
- Fabricio Lopes -
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
Bronze Frio
Uma lápide foi colocada
No jardim de um terreno baldio
Onde lá, todos passaram e deram uma olhada
Para o póstumo pedaço de bronze frio
E nele havia escrito
Um pequeno poeminha
Que dizia assim:
"Aqui jaz você
Que morreu
Num fim de mundo
Sem ninguém saber”
Mas ninguém se importou muito
A maioria das pessoas daquele lugar
Foram embora sem entender
No jardim de um terreno baldio
Onde lá, todos passaram e deram uma olhada
Para o póstumo pedaço de bronze frio
E nele havia escrito
Um pequeno poeminha
Que dizia assim:
"Aqui jaz você
Que morreu
Num fim de mundo
Sem ninguém saber”
Mas ninguém se importou muito
A maioria das pessoas daquele lugar
Foram embora sem entender
terça-feira, 26 de novembro de 2013
A canção do diabo
Uma música dissonante
Toca no fundo da sala
Nas faces um semblante
De quem pensa muito
E no entanto se cala
O diabo tem as melhores canções
Todos dançavam
Enquanto ele observava e ria
Luxúria, o mundo aos seus pés
E uma garrafa de gim na mão esquerda
Seu anel de ouro branco
Brilhava mais que o sol
Os dentes pontiagudos de um demônio escondido
Num corpo político
Uma mordida na fruta proibida
E um mundo está perdido
Todos dançavam em êxtase
Enquanto ele os observava
O mundo foi feito pra se governar
E quem não é governado
Conta histórias sobre quem o governa
Benditos sejam
Os poetas
Toca no fundo da sala
Nas faces um semblante
De quem pensa muito
E no entanto se cala
O diabo tem as melhores canções
Todos dançavam
Enquanto ele observava e ria
Luxúria, o mundo aos seus pés
E uma garrafa de gim na mão esquerda
Seu anel de ouro branco
Brilhava mais que o sol
Os dentes pontiagudos de um demônio escondido
Num corpo político
Uma mordida na fruta proibida
E um mundo está perdido
Todos dançavam em êxtase
Enquanto ele os observava
O mundo foi feito pra se governar
E quem não é governado
Conta histórias sobre quem o governa
Benditos sejam
Os poetas
sexta-feira, 8 de novembro de 2013
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