Atento contra mentiras
E também contra verdades
É tudo sofrido, e os atentados
Paisagens
Atente os passos ao redor
Atente e tente até não precisar mais tentar
Atente constantemente
E não se esqueça
De notar
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
Céticos
Um toque hermético
No poeta cético
Um brilho negro
Sobre a pele branca
O cigarro cobre o cheiro
Do perfume e do lugar
Mas o que chama a atenção, de fato,
É o olhar
O cético ali, parado a pensar
Me fez crer que talvez
Seja tudo por vez
E venha a mudar
A vida por vez
Tem a sua também
Se é que me entende,
Afinal, não sou ninguém
Mas assim como o cético
Irei passar.
No poeta cético
Um brilho negro
Sobre a pele branca
O cigarro cobre o cheiro
Do perfume e do lugar
Mas o que chama a atenção, de fato,
É o olhar
O cético ali, parado a pensar
Me fez crer que talvez
Seja tudo por vez
E venha a mudar
A vida por vez
Tem a sua também
Se é que me entende,
Afinal, não sou ninguém
Mas assim como o cético
Irei passar.
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
I
É grande, sabe?
E pesado.
E eu venho carregando isso, pra lá e pra cá…
Já faz algum tempo.
Já faz tempo demais, e mesmo assim…
De noite.
II
O sol nem entra mais no meu quarto
Portas e janelas fechadas
“Não quero nada, nem ninguém”
Repito isso pra mim,
Esperando que alguém escute e entre no meu refúgio
E me arraste junto, até além das casas,
Além de tudo isso e além da vida
Por que viver assim, já não me faz sentido algum
III
Hoje levantei e tive a chance de ter algo de novo
De novo, outra decepção
Ontem, tive uma noite auspiciosa.
Que terminou de costume, com lamentação.
Os cigarros acabaram
E francamente eles nem ajudam mais.
Escrever essas coisas também não faz diferença
Um abraço mudaria tudo, mas ninguém se abraça hoje em dia.
Acho até que é errado. Deve ser…
O pouco que eu tenho a vida me rouba
As pessoas tiram, os olhares julgam.
E é tão solitário aqui.
IV
Já não me concentro, já perdi a calma
Já perdi a fé e a esperança de melhorar.
Não há Deus, não há homem
Só animais e um ser solitário parado no meio.
Um ser solitário que ama a todos, e perde um pouco da alma, todos os dias
Por se arriscar em ama-los
Não há nome, não existem nomes, são todos iguais
Animais, todos podem amar
Tolo o que amou primeiro.
Do que se vê
Sabem além
Do ninguém
E do porém
Que alguém
Ou até mesmo
Outrem
Já passou por esse trem
Mas o motivo aparente
Do porque de tanta gente ser assim
Sabe lá quem, o porquê.
Qual o quê.
Sei que vai mudar de vida.
Curar todas as feridas
E tentar, da própria vida,
Não ser mais um refém.
Do ninguém
E do porém
Que alguém
Ou até mesmo
Outrem
Já passou por esse trem
Mas o motivo aparente
Do porque de tanta gente ser assim
Sabe lá quem, o porquê.
Qual o quê.
Sei que vai mudar de vida.
Curar todas as feridas
E tentar, da própria vida,
Não ser mais um refém.
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
A ultima
Não quero lembrar
O quanto foi bom
Pois nesse feio tom
de azul escuro
Me deixa em apuro
E fica a sorrir
Não quero pensar
no que seria depois
Pois o depois
demora a chegar
e eu já quero estar
longe daqui
Não quero tentar
Salvar:
O que já esqueceu
O que você tenta lembrar
Pra tentar mudar
Não quero
Lembrar.
- Fabricio Lopes -
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
Sobre o orgulho
O orgulho que destrói os meus dias.
Finjo não tê-lo, por puro orgulho de assumir!
Não consigo escrever,dizer ou expressar.
Mas não é novidade.
Talvez coisa da idade e vá passar.
Finjo não tê-lo, por puro orgulho de assumir!
Não consigo escrever,dizer ou expressar.
Mas não é novidade.
Talvez coisa da idade e vá passar.
sábado, 19 de janeiro de 2013
quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
Um novo poema
Um novo sorriso
Ainda mais bonito
Talvez.
Um novo carinho,
Mais quente
Toda vez.
Com mais beleza
Com mais certeza
Ainda duvido
Mas ainda assim
Com tantos tercetos
É num simples quarteto
Que o poema de amor chega ao fim.
Ainda mais bonito
Talvez.
Um novo carinho,
Mais quente
Toda vez.
Com mais beleza
Com mais certeza
Ainda duvido
Mas ainda assim
Com tantos tercetos
É num simples quarteto
Que o poema de amor chega ao fim.
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
Até levantar
Falou ao vácuo
E o eco lhe respondeu
A dúvida que talvez
só o álcool lhe concedeu
Bebeu ligeiro e sentiu o pigarro,
O gosto amargo da mistura e o cigarro.
Maldita guisa que não sai de mim.
Coisa que veio do nada,
Veio assim.
Vou levando até onde consigo
Eis comigo, o que quero levar
Bebidas e cigarros
Até onde der pra ir
Até eu conseguir andar
E o eco lhe respondeu
A dúvida que talvez
só o álcool lhe concedeu
Bebeu ligeiro e sentiu o pigarro,
O gosto amargo da mistura e o cigarro.
Maldita guisa que não sai de mim.
Coisa que veio do nada,
Veio assim.
Vou levando até onde consigo
Eis comigo, o que quero levar
Bebidas e cigarros
Até onde der pra ir
Até eu conseguir andar
sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
Um diálogo casual
-Esse mundo virado, seu moço...Esse mundão não é mais a mesma coisa.
Gente construindo trens enormes, casas gingantes, já pensou se isso cai por cima de alguém?
Eu não sei de motivo pra ter tanta coisa. É coisa de mais pra pouco gente, e pouca coisa pra gente demais.
- Mas isso é questão de tempo... O tempo passa e só piora, e temos muito tempo no passado.
Muito tempo jogado fora, muito tempo desperdiçado, a ciência evolui, mas o homem só se atrasa, nós fomos direto pro que é brilhante, pulamos o básico, por isso que o simples ainda impressiona a gente...
Nós não aprendemos a amar, ninguém sabe o que é amor. Nós nos esquecemos de respirar.
-É tudo tão errado, mas é tão simples de resolver! Eu nunca vou entender essa vida mendiga que eu levo.
Levo aos olhos do povo, já que viver da terra é o mais fácil (...).
Eu só queria saber se antes de morrer ainda verei um sorriso sincero de amor. Veja só, não tenho filhos, nem mulher... Sou um perdido no mundo, vim de passagem e me perdi na cidade. A angustia que me corre as veias cairá junto comigo, com essa sorte toda que tenho, capaz de nem enterro, ter.
- Não diga besteira, homem. Hão de lembrar de você! EU lembrarei de você!
- Mas aí... quem vai lembrar de tu quando for sua vez?
Gente construindo trens enormes, casas gingantes, já pensou se isso cai por cima de alguém?
Eu não sei de motivo pra ter tanta coisa. É coisa de mais pra pouco gente, e pouca coisa pra gente demais.
- Mas isso é questão de tempo... O tempo passa e só piora, e temos muito tempo no passado.
Muito tempo jogado fora, muito tempo desperdiçado, a ciência evolui, mas o homem só se atrasa, nós fomos direto pro que é brilhante, pulamos o básico, por isso que o simples ainda impressiona a gente...
Nós não aprendemos a amar, ninguém sabe o que é amor. Nós nos esquecemos de respirar.
-É tudo tão errado, mas é tão simples de resolver! Eu nunca vou entender essa vida mendiga que eu levo.
Levo aos olhos do povo, já que viver da terra é o mais fácil (...).
Eu só queria saber se antes de morrer ainda verei um sorriso sincero de amor. Veja só, não tenho filhos, nem mulher... Sou um perdido no mundo, vim de passagem e me perdi na cidade. A angustia que me corre as veias cairá junto comigo, com essa sorte toda que tenho, capaz de nem enterro, ter.
- Não diga besteira, homem. Hão de lembrar de você! EU lembrarei de você!
- Mas aí... quem vai lembrar de tu quando for sua vez?
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
Breve despedida
Seria melhor não ver,
Não ter,
Deixar ir,
Seguir
Sem ter que pedir
Que esqueça
Seria melhor a dor
Sem amor,
Sem pudor
Com todo o rancor
Que pudesse sentir,
Deixar ir...
Pois nenhuma dor
Dura uma vida,
Como ferida
Que não se fecha
Seria melhor não ter,
Nem querer ter,
Seria melhor não ter tido.
Seria melhor.
- Fabricio Lopes -
Não ter,
Deixar ir,
Seguir
Sem ter que pedir
Que esqueça
Seria melhor a dor
Sem amor,
Sem pudor
Com todo o rancor
Que pudesse sentir,
Deixar ir...
Pois nenhuma dor
Dura uma vida,
Como ferida
Que não se fecha
Seria melhor não ter,
Nem querer ter,
Seria melhor não ter tido.
Seria melhor.
- Fabricio Lopes -
terça-feira, 1 de janeiro de 2013
Um poço que não posso
O que me impede de sair
É a saudade de ficar
E tudo que eu queria
Era uns momentos pra parar
Parar no tempo, no espaço e de pensar,
Parar de olhar tudo o que eu faço
Pensando em acabar.
Não tenho cordas,
Nem barcos,
Nem velas, nem céus
Tenho feridas, cortes.
Sujeira,
E um véu preto
Que serve pra cobrir o mal
Carregado por dentro,
Carregado sozinho
Açucarado de sal,
Quente e gelado
Tudo ao mesmo tempo
E nada por acaso.
Nada é o que eu faço
É tudo jogado
Em um grande buraco
É a saudade de ficar
E tudo que eu queria
Era uns momentos pra parar
Parar no tempo, no espaço e de pensar,
Parar de olhar tudo o que eu faço
Pensando em acabar.
Não tenho cordas,
Nem barcos,
Nem velas, nem céus
Tenho feridas, cortes.
Sujeira,
E um véu preto
Que serve pra cobrir o mal
Carregado por dentro,
Carregado sozinho
Açucarado de sal,
Quente e gelado
Tudo ao mesmo tempo
E nada por acaso.
Nada é o que eu faço
É tudo jogado
Em um grande buraco
Doce
Seria pedir demais
um pouquinho de paz,
então vou me contentar.
Pelos menos eu posso desabafar.
Alguém vai ler, alguém tem que ler!
É muita coisa e pouca ao mesmo tempo,
É muita coisa e pouca ao mesmo tempo,
não se pode comparar, mas não se pode negar
os suspiros de mar que damos antes de dormir.
Nas águas que queríamos deitar antes de dormir.
Não é conveniente abandonar.
Mas o querer as vezes toma
E sofrer nunca soma.
E tudo por causa dessas coisas
Não é conveniente abandonar.
Mas o querer as vezes toma
E sofrer nunca soma.
E tudo por causa dessas coisas
que acontecem com todo mundo,
em todas as cidades, todos os lugares
Mas ainda assim,
o mar sorri pra mim.
E eu lhe retribuo sempre com o mesmo desejo
de não voltar
E eu lhe retribuo sempre com o mesmo desejo
de não voltar
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