terça-feira, 30 de julho de 2013

Na ponta da chama voraz

A armadilha está posta
Quando você se sente bem
E ninguém, consegue dizer o contrário.
Quando o seu coração bate mais forte
E você não é mais o "proprietário" dele
Quando a sua alegria for maior
Que a de todos aqueles que queriam o seu fim
E o calor na sua alma
For o melhor calor do mundo
A armadilha estará posta,
Vai te apunhalar pelas costas
E te fazer cair...

No chão você vai se lembrar
dessas minhas palavras, amigo
Você vai lembrar de tudo o que leu
E do que sentiu, todo esse tempo.

Mas você ainda tem saída.
Ainda tem a vida, que te enche o peito
Não está no seu leito
De morte,
"Contando com a sorte
Que a muito havia lhe deixado"
Então...

Corra.
O mais rápido que puder,
Até onde o chão der...
Corra como nunca correu
Em toda a sua vida doída.
Escape desse mal
E no final,
Paz.


                 - Fabricio Lopes -

segunda-feira, 29 de julho de 2013

São os meus, os meus irmãos!

Somente com o olhar consegue me entender.
Me fala pra recuar, retroceder quando necessário.
Me diz que ta tudo bem, "siga em frente".
Se coloca a minha frente, como um irmão.

Falava que eu era seu filho, não esqueci...
Já vem de longe, pra me ajudar.
"Abre a porta cara, precisamos conversar".
Lá está ela, me segurando pra eu não cair.
Canta pra eu dormir.

Me acalanta mais que todos, e sobre todos.
Aqui está o meu patrimônio, o meu exemplo.
Lugar de calma, de conselhos serenos.
Luta por mim se necessário.
Liga apressada, pra saber como estou.
Está ali pro que eu precisar

Gostando ou não, você está aqui.
Você é e sempre foi o melhor, nunca esqueça disso.
"Faça o que fizer, eu sempre vou te apoiar".
"Aqui está a minha mão, meu amigo".
É que sem ela, nunca vai se completar.
Bem ou mal, você vai sempre estar.
Vamos nessa meu irmão, estou contigo.

Com isso eu consigo seguir,
Com vocês ao meu lado, eu passo por tudo
Por que no meu mundo
Só existe vocês.


                        - Fabricio Lopes -


Acorde sem notas

As cartas de amor
Com ricina em azul escuro
Pra me afogar em solidão

E eu não sei bem
Quando paramos de nos encontrar
Mas sei que havia pouco tempo
E o tempo esteve lá.

" Há de lembrar, há de lembrar "

Eu não sei direito
O quanto porfiei histórias que ninguém se importava
Nem ao certo se eu mesmo me importava
Mas porfiei.

Lute suas próprias lutas, vença as suas guerras internas

Eu não sei muito bem como funciona isso
Mas disseram que funcionava.
Então eu tentei.

E gritei comigo mesmo até me dar por vencido
Andei pela casa feito um louco varrido!

E achei.
Ali, parado...

O silêncio póstumo que se esconde no amor

domingo, 28 de julho de 2013

Envaidecimento jogado fora

Tanto faz o preço alto
Distraindo a solidão
Tempo, tempo vago
Entrando em plena escuridão

Faz de conta que tem mais
E acaba por feliz
Mente pra si mesmo
Que o amanhã te faz sorrir

Mas o dia te acaba ali
O horizonte não vem mais
O céu se cansa e dorme
E o tempo não foi capaz

Os dias e as noites passaram
E eu fiquei ali parado
O tempo se arrastando
Pensei que já tinha sarado

De assuntos mortos e tempos fartos
Enchi o peito com um soluço
O abraço forte que não recebi
O mundo escuro que é meu poço

Tapa os olhos que a chuva está por vir
O céu não se fechou
Mas alguém te impediu de sorrir
E se apossou
Da vaidade e do amor
Dor envaidecida
É o nome que quis me dar
Os rótulos sumiram
E então só fiz chorar

Hoje eu ainda me lembro
Vomitei, e quis morrer
Hoje eu tento andar
Mas só me resta apodrecer
  T
    u
      d
         o
           
             P
                o
                   r
                   
                      S
                        u
                          a
       
                             C
                                a
                                  u
                                    s
                                      a

                      Tudo
                       por
                      você

Entenda como quiser

As vezes eu consigo ver
A vida num ângulo diferente
Minha mente trabalha em conjunto
Com o que faço
E eu fico pasmo 
E maravilhado ao mesmo tempo.

Agora eu passo a olhar a vida
Com os olhos de um bom jogador de poker
Os ases passam por suas mãos
Ele olha atento
Aposta tudo que tem
"Tudo dentro"
E perde pra uma mera trinca de dois...

Ele blefa quando pode
Força os outros a acreditar
Consegue mentir
Como ninguém
Muitas vezes convence alguém
De que é verdade
E as pessoas por vaidade
Perdem tudo o que tem

E em outras vezes tem a sorte
Que lhe dá um sorriso aberto
E ele sorri de volta, 
Um sorriso cansado
De quase nunca o ter ...
E nem acredita quando vê
Que nessa ele ganhou.

Mas é isso, encare assim
Um dia você blefa e ganha
No outro você blefa e perde.
Mas apanha o sorriso e segue
Por que sempre vai haver outra oportunidade
De mentir
E fazer com que todos acreditem
Que você está com "aquele" ás. 


                 - Fabricio Lopes -





quinta-feira, 25 de julho de 2013

Pétalas ao vento

Esse flash se perdeu
Não foi como pensávamos
se converteu. 
Em cinzas

Agora 
Nos encaramos em pensamento
Por que a linda chuva de flores
São só pétalas ao vento

Como o que fomos, 
Chuva que passou
E nada restou, se não 
O torpor de não ter mais nada.

Parte de mim se perde sem você
Assim como uma parte sua
Padece sem me ter
Mas podemos tirar algo bom
Disso afinal,
Nos sorrisos e abraços
E aconchego no olhar...

Lembranças a torturar


Mas se acalma moça
Vai passar.
São apenas ...

Pétalas ao vento.



                     - Fabricio Lopes -

terça-feira, 23 de julho de 2013

Até mais ver!

Deixa eu te dizer
Deixa eu explicar
O corte era profundo
Tive que amputar
Fala então, pra mim
Explica por favor
O sexo era tão bom,
Erramos no amor?

Deixa pra depois
O tempo não vem mais
Os dias que passaram
Não existem mais

Desliga essa Tv
Faz de conta a gente já cansou de ver
Fumaça em casa
O café gelado
O pigarro amargo
E eu cansei de ver

Me conta como foi
Quando eu te traí
Me explica então você
Por que eu sumi?

Um tiro no peito
E eu tive que amputar
As cordas no pescoço
Pra respirar

Faltam as batidas
Do meu coração
Amputei a raiva
E a solução

domingo, 21 de julho de 2013

Pausa com fusa

As dores de cabeça
Dos choros engolidos a seco
Que você me causa

Mesmo depois de tanto tempo
As minhas músicas estão cheias de você, e pausas.
Pausas que eu paro pra pensar.
Se ainda deveria mesmo lembrar.

E eu vivo a espiar pela janela do meu quarto,
Onde eu costumava encostar
Pra sorrir do que era meu

Hoje eu apenas encosto a cabeça
Para a dor pausar

E o passado parou e se fez presente
Só pra rir pelas minhas costas
Só pra sorrir ao lado de outro alguém

O mundo pequeno, repousado nas mãos da saudade

No mundo inteiro só um falta
E todos os outros parecem estar mortos

É a saudade quem fala.
E também ela quem cala.

sábado, 20 de julho de 2013

Quando você

Você cansou de mim
E eu nem vi
Você mudou de casa
E eu não estava ali

Perdi a chance que o tempo deu
E o amor, que esqueceu
Sem chance de retribuir
Só a morte estava aqui

E você morreu pra mim

Não vejo mais você
E nem lembro do seu rosto
Mas vi você no meu sonho

Você também tinha cansado
E eu ainda não tinha notado
Não vou dizer que não vou chorar

Não vou te dar o que você me deu

Não vou dizer que não sorri
Quando tudo teve seu fim
Era insanidade continuar
Esperando que fosse mudar
Só porque eu não notei
Que você parou de amar

Então sorri
Quando você
Cansou de mim

Não há ninguém para ouvir

Feche os olhos meu filho
Evite encarar o destino
Das pobres almas aqui levadas
Pelos cavaleiros e suas espadas

A vingança lhe convém
Mas o tempo é vasto
Fita os olhos, meu bem
Fite os olhos do nefasto

A noite vem aí
Tente descansar
Não encare os mortos

E evite sonhar
Encontraremos nosso lar, nosso porto
Porque a noite vem aí
E cabeças vão rolar!

quinta-feira, 18 de julho de 2013

O ato mais humano




E o talho na pele
Fez o sangue jorrar
Todo homem é feito de água.

 "Que serve pra chorar."

Algumas camadas de carne e músculo, até encostar nos ossos
Retirem a pele, retirem todos os órgãos.

E é só isso que o ser humano é.

Um saco de carne com alguns ossos dentro pra mantê-lo de pé.
E você ainda me pergunta o porque do meu afogamento no vinho; da minha vida por um fio

É tudo um grande nada, tudo um saco de bosta.
E nós complicamos tudo.

Depois que se mata um homem se enxerga tudo de outra forma.
O sangue nas mãos não nos deixa sermos os mesmos que eramos

E você tira o cigarro do bolso, com as mãos sujas de sangue,
"Tente relaxar"
E você vê o mundo girar
"Ninguém vai te achar"
Como se ninguém fosse te notar.
"Não olhe pra trás!"

Um assassino perfeito
Incapacitado de (se) amar.


quarta-feira, 17 de julho de 2013

Vácuo

Conte ao vazio
O que te atormenta
Pergunte a sua alma cinzenta
Por que tudo vai mal
Pergunte e insista
Procure a resposta.

Se cale pro mundo
Esqueça os sorrisos
Ao seu redor

Pergunte por que
Insista em saber
Procure no fundo
Nas suas lembranças
Volte ao seu tempo de criança
Pra entender

Busque mais do que tudo.

Ache a resposta
Siga na luta
O que te perturba ?
A noite vai te dizer
O que precisa saber

A lua pôde ver
Com as estrelas a brilhar
Lá vai estar
Sua resposta

Conte ao vazio
Que conhece seus medos
E segredos
Ele conhece as suas duvidas
As suas angustias
Conte ao vazio
Ele pode lhe dizer
O que precisa saber
E fazer
Pra acabar com o seu vazio
Conte ao "vazio"
Ele pode lhe salvar

E assim você seguirá em paz.


                     - Fabricio Lopes -

Amém

─ Tudo ficou mais sério agora.
─ É, mas eu ainda não me importo.      
─ Quem não entende o valor, não dá valor.
─ É injusto julgar as pessoas assim, sem ouvir ambos os lados.
─ E você vai falar?
─ Não.


"É desumano abençoar, quando somos amaldiçoados."

Amém.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Vagueio

Vagueio, e vago permaneço
Andando por aí, sem realmente estar

Finjo os sóis que me rodeiam
Enquanto me encharco nas minhas próprias nuvens
Sem ao menos desejar

Enfrento, os ventos e as noites,
A luz do sol que deixou de brilhar,
Lua minguante, carente e falante
Que vive aqui por perto à sussurrar

Fecharam as janelas
E então parou de chover
Dentro ainda pingava
Mas era só você.

Passei correntes em volta
E placas avisando o bloqueio
Quem estava de passagem
No máximo teve anseio

Restou pouco
Por isso
Vagueio
         


Já estive melhor.



domingo, 14 de julho de 2013

Passou

Foi-se o tempo
E eu nem vi
Fiz bobagens
Mas assumi

Pra mim mesmo, que seja
Talvez tenha sussurrado...
Culpa de quem não ouviu

─ E o que restou?
─ Pouca coisa, uma foto, duas talvez, só não sei onde está.
─ Sente saudades?
─ Do tempo perdido. Sim

Foi-se o tempo
E eu nem vi.

sábado, 13 de julho de 2013

Barulho à porta

Chuva rala
E um chapéu de palha
A fumaça mostra
A direção do vento

Cidade morta
Barulho à porta
Que vai de contra
Ao meu tempo

Da janela da frente
Se esconde os dentes
Perdido na polidez

De um sorriso
Ou timidez
A cidade deu seu aviso

terça-feira, 9 de julho de 2013

Sentença

Tão rápido eu corro
No final eu morro.

Me vejo perdido
Com uma mente embaralhada
Ouço vozes aqui e ali
Gargalhadas

Tão rápido eu corro
No final eu morro.

Eu tento me salvar
Me livrar dos pesadelos
mas é sempre igual
E é tudo real

Tão rápido eu corro
No final eu morro.

A minha visão falha
Me sinto arfar
Não consigo mais lutar
Devo desistir

Tão rápido eu corro
No final eu morro.

A cada dia
Estou mais cansado
Cansado de tentar
E fracassar

Tão rápido eu corro
No final eu morro.

Preciso desistir
Pelo bem de mim
Acho que esse é o fim

Tão rápido eu corro
No final eu morro.


                     - Fabricio Lopes -


segunda-feira, 8 de julho de 2013

? N° 2

Talvez seja mania
Transformar as coisas ruins do meu dia
Em poema ou poesia

Mas hoje eu fumei meu último cigarro
Não da minha vida, mas da minha agonia
Hoje eu gritei e arremessei coisas contra a parede
Porque eu precisava de mais espaço

Sufocado

Hoje talvez tenha sido um desses dias ruins

Ou talvez eu esteja inventando tudo isso

Mas quem é você pra me julgar?

Talvez seja mania
Escrever, ao invés de fazer terapia

Talvez seja mania
Guardar o que atormenta e me arrepia

Talvez seja só medo
De sentir vergonha ao olhar no espelho

Mas quem sou eu pra me julgar?
Quem sou eu?

domingo, 7 de julho de 2013

Donas do mar

A noite no mar é difícil
Marinheiro por si não sabe olhar
Os cantos da morte que se aproximam
Aos poucos tomam todo o ar

Um abraço seco e molhado ao mesmo tempo
Um beijo amaldiçoado e canções jogadas ao vento
Explicam o que se foi passado

- Donas do mar

A morte ao relento
O assobio do vento
E o barco que volta só

A noite no mar é difícil
Marinheiro por si não sabe olhar
Mulher que fica em casa
Se encarrega de rezar

- Donas do mar

A paixão pelo mar é forte
Como a onda que puxa,
O marinheiro experiente
Não teme o mar, nem a bruxa!

Tape os ouvidos, novato
Não vai querer se apaixonar
A promessa é bonita
Mas lá em baixo não há ar

Tape os ouvidos, meu filho
A bruxa pode te arrastar
Com um canto bonito
E um beijo de matar

- Donas do mar

sábado, 6 de julho de 2013

Noite escura

Noite escura
Pergunte ao vento
O que ele sussurra
Atrás do tempo

Presente ou passado
Passou pelas estrelas
E fez-se calado
No último andar
Na última janela
A doce donzela
Que tenta entender

O que o vento diria
Se pudesse dizer?

Na noite escura
Pergunte ao tempo
Se ele sempre chora
Por deixar passar
Os bons momentos.

Geena

O terror que me causa
Faz clamar por pausa
E entretanto ainda assim
Continuo a te oferecer
Amor pra vida toda
E tudo que quiseres ter

É tudo verdade, me certifico,
Olho o tempo passar
Enquanto acompanho a dor
E aproveito.

Reclamar não adianta
Mas o faço mesmo assim
"Guardar é pior"
Mesmo que ninguém esteja lá
Para ouvir.

Então vem a noite
E me convence com olhos escuros,
A madrugada passa
E eu perco o sono logo de manhã,
Dias sem dormir
E o terror tomou conta.

Simplesmente fui feliz
Mas não é do seu interesse

Dois dias se passaram
E eu ainda não dormi.
Quando os olhos se fecham
Abrem-se portas para outro mundo
O qual eu queria fazer parte
Mas não me deixam.

O terror que me causa
Ter que te aturar
O terror que eu tenho
Por nunca deixar
De te amar
Ainda assim é pouco
Perto do que não me deixam fazer

Horrorizado em meio a tanta brincadeira
Fico parado, esperando a hora certa.
Quem sabe amanhã eu consiga dormir
Sem nenhum fantasma me atormentar

Sem que os dias pareçam tentadores demais
Sem que as noites consumam as horas
Como o fogo consome o oxigênio

Ainda vou acabar parando num desses hospitais
O qual não nos deixam sair
Quem sabe a noite eles me droguem
E eu consiga dormir.



quinta-feira, 4 de julho de 2013

Circo na sala do jantar

E o nosso circo sempre esteve lá
Mas tudo bem, alguém vai notar
Do fim da tarde até as 8 horas
Pra não se atrasar

Esse elefante no meio da sala
Que não me deixa passar
Fugir pra janela também não vai adiantar
Assuntos a serem debatidos
Explicados ou quem sabe engolidos

O stress, o café e os cigarros
Mais uma dose tomou posse
Do que era só mais uma conversa
Talvez muito mais intima que o comum

Humano erradicado
Pelos próprios mal cuidados
Talvez agora seja insensato
Mas eu espero até o fim da tarde

Quanto mais arde
Arte.

Quanto mais queima
Teima

E o nosso circo sempre esteve aqui
Parado.
Até que um dia
Me tornei uma simples lembrança
Do passado

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Não é o que se vê

A sua falta
Me faz rir
Por não saber o que pedir
Ou a quem pedir

A sua falta
Me faz ficar acordado
Me faz assombrado
Em pesadelos sem fim

A sua falta
Coloca uma pausa
Na minha vida
Que eu deixei escondida
Em algum lugar

A sua falta
Me faz pensar
Nas coisas as quais
Eu deixei pra lá
Por você

A sua falta
Me tira a luz
Que a muito não me conduz
Mais

A sua falta
Me faz parado
Sem querer explicar
Ou mesmo falar
Sobre você

A sua falta
Me faz louco
Tanto que como pouco
Por coisas assim

A sua falta
Me deixa aqui
Pensando na falta
Que me faz
Você

                    - Fabricio Lopes -

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Encaixe

No meu leito de morte
Contei com a sorte
Que a muito havia me deixado
Eu estava jogado
Abandonado
largado ali para morrer
Minha visão estava ruim
Eu estava ruim
Acabando como tudo
E vivendo um dia 
De cada vez, 
Esperando pela morte
Nada me salvaria 
Aquela altura

Me lembro de ver 
Lindos olhos, como o amanhecer
O sorriso cobriu o lugar
Tudo estava a brilhar
Escutei algo como: 
Não tenha medo.

Todos os meus segredos
Eu poderia contar.

Sorri também
Naquele instante eu soube
Que você me salvaria do inferno,
Me traria de volta 
Levaria meus medos consigo 
Ficaria comigo
Arrancaria a amargura

Finalmente achei
O que sempre procurei
Encontrei a minha cura.

              
                         - Fabricio Lopes -