Um sol inteiro apodrecido
Por casualidades do destino.
Um céu desabando aos poucos
Para o mais sensitivo dos loucos.
Tudo nublado pela manhã,
Fúnebre cenário de vida,
Uma espada de esgrima
Sem um D'Artagnan
Um mergulho num mar de cama
Pra nunca acabar
A eterna glória de sonhar
A honra de ser Vasco da Gama
E ainda fechado o céu,
Minhas cobertas me protegem
Dos ventos e tornados que me seguem,
Chamai-me Ismael.
Ismael de terra firme, agora
Que não quer mais ver o mundo.
Guardar-me-ei em metáfora
Pra fugir de tal leito nauseabundo
Toda uma vida jogada fora
De um porto sem cais.
Malditos corvos, agora
E nunca mais.
─ Matheus M.
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