Cansado dessa rotina, as vezes me desespero
Me engano à noite, quando deito, minto.
Minto tão repetidamente que nem sequer, sinto
Não consigo fazer mais nada, então apenas espero.
Conformado e acomodado me torno tudo o que mais odeio
Procurando uma desculpa, muda de assunto, faz arrodeio
Vergonha e dor, sabe o que se passa mas não sabe falar
Fala tudo errado e depois deixa passar
Enterrado na própria desgraça
Comum, ignorado e doente
Olhos apagados,que só tem rancor
Prisioneiro desse mundinho decadente
Que comemora a derrota com vinho servido na taça
E tamanha é a repulsa de ver tanto horror
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