Colidir o tempo com o afeto
Debaixo dos lençóis
Do nosso próprio teto
Invadir o céu, banhado de enxofre
Com carvão e salitre
Para tudo explodir.
Colidir as vidas
Sem se ferir
Cuidar do que se tem
Mesmo sem ter nada
É o que a vida tem
É o que eu sigo em disparada
Um abismo de nada
E figuras abstratas
Fui o único que vi
O céu desmoronar
O único problema
Que não se pode solucionar
Quanto custa o preço de amar?
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