segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Vida oblíqua

Escolhi o simples
O cuidado acabou
Virei mais um acabado
Desleixado e sem pudor

Feio e derrotado
Preguiçoso e viciado

Onde foram parar os sonhos?
Os cuidados e amores,
Tudo se acomodou

Os jogos de azar me acabaram
E os sapatos não combinam mais

O sono se esvaiu da noite
E minha métrica também foi embora com o tempo
Eu que era todo certo, me vejo errado e desatento
Perdido na sala, sem nada escrever
Poemas tortos em papeis de atividade
Pra tentar absorver a culpa do dever
Que eu deixei de cumprir

A preguiça me aporrinhou até eu desistir
Escrevi errado e tentei corrigir
Pra consertar nunca é tarde
Mesmo errado, já fez arte
E de todo o tempo que eu tenho
O amanhã é a essencial parte

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